A discussão sobre o kit homofobia gerou polêmica no cenário político e está dividindo o Brasil. Se de um lado alguns acreditam que o preconceito precisa ser trabalhado na escola prevenindo a violência e o bullying, de outro a tensão se concentra na possibilidade de “normatizar” através de um material didático o que para muitos ainda é uma perversão, um desvio e uma doença.
Era de se imaginar que um kit dessa natureza tivesse essa repercussão em nossa sociedade. Afinal, é um assunto de saúde pública, pois todos os dias jovens morrem vítimas de homofobia, suicídio, alvos de preconceito no trabalho, na escola e na família, não tendo seus diretos garantidos.
Continuar o questionamento sobre o modo como podemos trabalhar essa temática na escola é fundamental. E para qualificarmos essa discussão sugerimos o livro de Félix López Sánches, professor de Universidade de Salamanca, Homossexualidade e família: novas estruturas. O livro não deixa de ser uma espécie de manual, no qual há respostas para dúvidas, esclarecendo quanto aos mitos e crenças que perpassam a sociedade, além de orientar pais, familiares, profissionais e os próprios homossexuais como lidar com situações como:
- as falsas crenças a respeito da homossexualidade;
- o que sabemos sobre orientação do desejo: sua origem, a idade em que costuma se formar, sua evolução, suas possíveis mudanças;
- a rejeição dos filhos homossexuais ou bissexuais ser um grave erro;
- o risco de certas concepções familiares;
- como tratar as manifestações sexuais na infância, etc.
“ A homossexualidade só tem dificuldades se a família, a escola e a sociedade às criam”(SANCHÉS, 2009, p.19).
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