14 de junho de 2011
Ópio- Diários de uma Louca, premiado filme hungaro, encerra o Ciclo de Cinema do curso de Psicologia da IENH
Filme : Ópio - Diário de uma louca
Paulo Marques-Prof. Antropologia Social
O 1º Cliclo de Cinema do curso de Psicologia da IENH foi uma proposta de atividade interdisciplinar que buscou, a partir da exibição de filmes e a realização de debates com profissionais de diferentes áreas das ciências humanas, abordar os principais temas discutidos nas aulas de Antropologia Social. A Qualidade dos debatedores convidados e a participação dos estudantes e convidados garantiu o sucesso da proposta, que exibiu 05 filmes nos meses de abril, maio e junho.
O ciclo chega ao seu final nesta quarta-feira, 15/06 com a exibição de Oṕio- Diários de uma louca, premiado filme da Hungria que ganhou 7 importantes prêmios em festivais europeus.
Opio- Diários de uma louca é um denso e instigante filme que aborda a relação entre dois personagens que possibilitam a discussão de um conjunto de questões, tais como: instituições psiquiátricas, poder, relações humanas, "loucura", psiquiatria, psicanálise.
O filme trata da relação entre a jovem Gizella, internada em um hospital psiquiátrico depois que perdeu sua mãe acometida pela tuberculose e o Psiquiatra, Psicanalista e escritor Josef Brenner, que vai trabalhar na clinica. Viciado em morfina, o médico sente um bloqueio mental para continuar a escrever e ao conhecer os diários de Gisella descobre o talento de escritora da paciente. A partir de seu interesse o médico estabelece uma relação utilitarista com Gisella o que levará a situações extremamente problemáticas para ambos com um desfecho dramático.
A história se passa em 1913, neste período podemos visualizar os "tratamentos" medievais utilizados, principalmente, com Gizella. O filme mostra como a psiquiatria do inicio do século XX fazia suas intervenções com seus pacientes. E, o filme revela ainda, a partir da figura de D. Josef a tensão entre a Psicanálise e a psiquiatria.
Co-produção alemã, é um filme intenso com roteiro profundo com uma ótima fotografia e atuação perfeita da protagonista Kirsti Stubo no papel de Gizella, a qual lhe rendeu inclusive 2 prêmios de melhor atriz. Além dos prêmios de melhor diretor para János Szász e de melhor filme em vários festivais na Europa.
Estarão debatendo este filme Luciane Raupp, Professora de Literatura, mestre em Semiótica e doutoranda em Teorias da Literatura e André Luiz Vendel, psicólogo com residência em Psicologia pela UFRGS, coordenou o CRAS e outros programas da Secretaria de Cidadania do Paraná.
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